Partida: Mondoñedo
Destino: Arzua
Partimos de Mondoñedo ao amanhecer, envoltos numa indescritível paisagem rural, enquanto o sol tentava timidamente romper a intensa neblina matinal. Ao percorrer as estreitas vielas do povoado, o aroma do fumo libertado pelas lareiras misturava-se com o cheiro do estrume que se acumulava nas bermas, recordando-me as típicas aldeias transmontanas, terra da qual sou filho adoptivo.
Num ritmo lento, como que a saborear a bucólica paisagem, lá fomos avançando em direcção a Santiago, que mais do que nunca, sentíamos que estava ao nosso alcance.
Ainda a frio, fomos forçados a rapidamente mudar a cadência, tendo que enfrentar um início de etapa demolidor, subindo ao longo de 13Km, onde registamos 515 metros de desnível acumulado. A lenta e demorada subida inicial, acentuou a dificuldade … colectiva … em descobrir uma posição cómoda na bicicleta, já que nove dias consecutivos em cima das montadas, deixaram marcas que nem o milagreiro Halibut conseguiu reparar!
Depois da interminável subida, rolamos compactos até Villalba, tendo uma vez mais que enfrentar as árduas condições climatéricas tão típicas da região: vento e frio. Com o gradual aumento da velocidade, passamos por momentos de grande sofrimento, quem nem os equipamentos térmicos conseguiram minimizar.
Ao chegar a a Villalba, já com 36Km percorridos, decidimos parar repor energias, é que para além do estômago começar a dar horas, impunha-se uma bebida quente! A nossa escolha recaiu na “Padaria Real”, onde nos esperava um chocolate quente retemperador. A ausência de bocadilhos, fez emergir a típica hospitalidade Galega, já que o mestre pasteleiro com grande desembaraço, conseguiu confortar este temível bando de frieiras …
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário