segunda-feira, 23 de junho de 2008
segunda-feira, 12 de maio de 2008
10ª Etapa - Sábado - 3 Maio
Partida: Arzua
Objectivo: Santiago de Compostela
Ao contrário dos últimos dias, a alvorada foi realizada sem queixumes ... a motivação de chegar a Santiago supera tudo! ... Desde a dificuldade em arranjar posição na bicicleta, por ter as nádegas assadas, a um joelho a pedir descanso ...
"Hoje vou abraçar o Santo"!!!
Pouco passava das 8:00H, quando nos fizemos à estrada, depois de uma noite bem dormida num albergue ... "all inclusive" ... que teve a gentileza de nos disponibilizar:
- Um pequeno almoço opíparo
- O reforço alimentar para usar a meio da manhã
- E chocolatinhos para os meninos do Rui
Já cheira ... sente-se que Santiago está apenas à distância de uma pedalada ... a magia do Caminho Francês torna estes últimos kilometros ainda mais marcantes ... o número de peregrinos é simplesmente impressionante!
Voltava a jogar em casa, uma vez que em 2005 tinha percorrido estes derradeiros 40 km, daí que o grupo estivesse de sobreaviso para o verdadeiro rompe-pernas que teriamos de enfrentar. Os primeiros kilometros de caminho confirmaram as nossas espectativas, no entanto, desta vez a mossa que o rompe-pernas produziu foi infinitamente menor ... ou o kit de pernas sofreu um up-grade ... ou o facto de o enfrentar fresco, sem o desgaste acumulado de uma etapa longa, teve a sua influência!
Ritmo elevado, o grupo a rolar compacto ... foi esta a tónica até Santiago ... com a boa disposição a imperar ... ora cantando o clássico "Eles não jogam nada", ora assobiando "A ponte sobre o rio Kwai" ... ou pior ainda ... cantando o clássico do grande "Bilas" (José Cid), "Um grande amor"!!!
Uma única paragem até Santiago, para um breve cafezinho, permitiu-nos conhecer uma família mais estranha que a própria Família Adams, refiro-me aos perfeitos anormais! Os proprietários de um pequeno café que conseguiram deixar acabar ... imaginem ... o café!!! Inenarrável ...
De volta à estrada, iniciamos a subida ao Monte do Gozo. Depois de terminada a subida em terra, temos à nossa esquerda o aeroporto, já falta pouco ... faltam apenas 3/4 rampas ... pela primeira vez em muitos dias vamos poder avistar a Catedral ... enquanto isso, o número de peregrinos que vamos encontrando engrossa a cada kilometro, trocando palavras de incentivo com cada um deles ... "já está, já está!!!" ... o cansaço deu lugar à emoção ... em cada peregrino é possível encontrar uma expressão de felicidade!!!
Nisto vimos uma pequena esplanada repleta de peregrinos e decidimos iniciar as comemorações. Fomos de imediato abordados: "onde iniciaram o caminho?", "quantos dias de caminho?", "de que país são?" ... o denominador comum eram as cañas!
Para nós, os 8 Km que faltavam seriam de puro passeio, porque seriam realizados quase sempre a descer, no entanto, para quem seguia a pé, ainda faltariam 2 horas de caminho!
Monte do Gozo ... Santiago à vista ... ficamos por breves momentos a contemplar a cidade ... mas era tal a vontade de chegar, que rápidamente voltamos à estrada!
A entrada em Santiago, a minha 5ª como peregrino, foi a mais emocionante de todas ... valeu a pena!
Qual frio e chuva das Asturias, ou lamaçal da Cantabria, ou as paredes do País Basco ... ou até mesmo um joelho a pedir tréguas ... nada se sobrepõe à alegria de terminar esta formidável aventura!
Os Barrigudos levaram a carta a garcia! Sete à partida ... sete à chegada!!!
Resumo:
Distância: 40 Km
Ascending: 800 metros
Tempo deslocação: 2:30H
Objectivo: Santiago de Compostela
Ao contrário dos últimos dias, a alvorada foi realizada sem queixumes ... a motivação de chegar a Santiago supera tudo! ... Desde a dificuldade em arranjar posição na bicicleta, por ter as nádegas assadas, a um joelho a pedir descanso ...
"Hoje vou abraçar o Santo"!!!
Pouco passava das 8:00H, quando nos fizemos à estrada, depois de uma noite bem dormida num albergue ... "all inclusive" ... que teve a gentileza de nos disponibilizar:
- Um pequeno almoço opíparo
- O reforço alimentar para usar a meio da manhã
- E chocolatinhos para os meninos do Rui
Já cheira ... sente-se que Santiago está apenas à distância de uma pedalada ... a magia do Caminho Francês torna estes últimos kilometros ainda mais marcantes ... o número de peregrinos é simplesmente impressionante!
Voltava a jogar em casa, uma vez que em 2005 tinha percorrido estes derradeiros 40 km, daí que o grupo estivesse de sobreaviso para o verdadeiro rompe-pernas que teriamos de enfrentar. Os primeiros kilometros de caminho confirmaram as nossas espectativas, no entanto, desta vez a mossa que o rompe-pernas produziu foi infinitamente menor ... ou o kit de pernas sofreu um up-grade ... ou o facto de o enfrentar fresco, sem o desgaste acumulado de uma etapa longa, teve a sua influência!
Ritmo elevado, o grupo a rolar compacto ... foi esta a tónica até Santiago ... com a boa disposição a imperar ... ora cantando o clássico "Eles não jogam nada", ora assobiando "A ponte sobre o rio Kwai" ... ou pior ainda ... cantando o clássico do grande "Bilas" (José Cid), "Um grande amor"!!!
Uma única paragem até Santiago, para um breve cafezinho, permitiu-nos conhecer uma família mais estranha que a própria Família Adams, refiro-me aos perfeitos anormais! Os proprietários de um pequeno café que conseguiram deixar acabar ... imaginem ... o café!!! Inenarrável ...
De volta à estrada, iniciamos a subida ao Monte do Gozo. Depois de terminada a subida em terra, temos à nossa esquerda o aeroporto, já falta pouco ... faltam apenas 3/4 rampas ... pela primeira vez em muitos dias vamos poder avistar a Catedral ... enquanto isso, o número de peregrinos que vamos encontrando engrossa a cada kilometro, trocando palavras de incentivo com cada um deles ... "já está, já está!!!" ... o cansaço deu lugar à emoção ... em cada peregrino é possível encontrar uma expressão de felicidade!!!
Nisto vimos uma pequena esplanada repleta de peregrinos e decidimos iniciar as comemorações. Fomos de imediato abordados: "onde iniciaram o caminho?", "quantos dias de caminho?", "de que país são?" ... o denominador comum eram as cañas!
Para nós, os 8 Km que faltavam seriam de puro passeio, porque seriam realizados quase sempre a descer, no entanto, para quem seguia a pé, ainda faltariam 2 horas de caminho!
Monte do Gozo ... Santiago à vista ... ficamos por breves momentos a contemplar a cidade ... mas era tal a vontade de chegar, que rápidamente voltamos à estrada!
A entrada em Santiago, a minha 5ª como peregrino, foi a mais emocionante de todas ... valeu a pena!
Qual frio e chuva das Asturias, ou lamaçal da Cantabria, ou as paredes do País Basco ... ou até mesmo um joelho a pedir tréguas ... nada se sobrepõe à alegria de terminar esta formidável aventura!
Os Barrigudos levaram a carta a garcia! Sete à partida ... sete à chegada!!!
Resumo:
Distância: 40 Km
Ascending: 800 metros
Tempo deslocação: 2:30H
9ª Etapa - Sexta-Feira - 2 Maio
Partida: Mondoñedo
Destino: Arzua
Partimos de Mondoñedo ao amanhecer, envoltos numa indescritível paisagem rural, enquanto o sol tentava timidamente romper a intensa neblina matinal. Ao percorrer as estreitas vielas do povoado, o aroma do fumo libertado pelas lareiras misturava-se com o cheiro do estrume que se acumulava nas bermas, recordando-me as típicas aldeias transmontanas, terra da qual sou filho adoptivo.
Num ritmo lento, como que a saborear a bucólica paisagem, lá fomos avançando em direcção a Santiago, que mais do que nunca, sentíamos que estava ao nosso alcance.
Ainda a frio, fomos forçados a rapidamente mudar a cadência, tendo que enfrentar um início de etapa demolidor, subindo ao longo de 13Km, onde registamos 515 metros de desnível acumulado. A lenta e demorada subida inicial, acentuou a dificuldade … colectiva … em descobrir uma posição cómoda na bicicleta, já que nove dias consecutivos em cima das montadas, deixaram marcas que nem o milagreiro Halibut conseguiu reparar!
Depois da interminável subida, rolamos compactos até Villalba, tendo uma vez mais que enfrentar as árduas condições climatéricas tão típicas da região: vento e frio. Com o gradual aumento da velocidade, passamos por momentos de grande sofrimento, quem nem os equipamentos térmicos conseguiram minimizar.
Ao chegar a a Villalba, já com 36Km percorridos, decidimos parar repor energias, é que para além do estômago começar a dar horas, impunha-se uma bebida quente! A nossa escolha recaiu na “Padaria Real”, onde nos esperava um chocolate quente retemperador. A ausência de bocadilhos, fez emergir a típica hospitalidade Galega, já que o mestre pasteleiro com grande desembaraço, conseguiu confortar este temível bando de frieiras …
Destino: Arzua
Partimos de Mondoñedo ao amanhecer, envoltos numa indescritível paisagem rural, enquanto o sol tentava timidamente romper a intensa neblina matinal. Ao percorrer as estreitas vielas do povoado, o aroma do fumo libertado pelas lareiras misturava-se com o cheiro do estrume que se acumulava nas bermas, recordando-me as típicas aldeias transmontanas, terra da qual sou filho adoptivo.
Num ritmo lento, como que a saborear a bucólica paisagem, lá fomos avançando em direcção a Santiago, que mais do que nunca, sentíamos que estava ao nosso alcance.
Ainda a frio, fomos forçados a rapidamente mudar a cadência, tendo que enfrentar um início de etapa demolidor, subindo ao longo de 13Km, onde registamos 515 metros de desnível acumulado. A lenta e demorada subida inicial, acentuou a dificuldade … colectiva … em descobrir uma posição cómoda na bicicleta, já que nove dias consecutivos em cima das montadas, deixaram marcas que nem o milagreiro Halibut conseguiu reparar!
Depois da interminável subida, rolamos compactos até Villalba, tendo uma vez mais que enfrentar as árduas condições climatéricas tão típicas da região: vento e frio. Com o gradual aumento da velocidade, passamos por momentos de grande sofrimento, quem nem os equipamentos térmicos conseguiram minimizar.
Ao chegar a a Villalba, já com 36Km percorridos, decidimos parar repor energias, é que para além do estômago começar a dar horas, impunha-se uma bebida quente! A nossa escolha recaiu na “Padaria Real”, onde nos esperava um chocolate quente retemperador. A ausência de bocadilhos, fez emergir a típica hospitalidade Galega, já que o mestre pasteleiro com grande desembaraço, conseguiu confortar este temível bando de frieiras …
O Cromo do Dia
Mais um que se rendeu aos encantos do curandeiro? Ou será que o Doc-Bone solicitou ao Mourinho para encontrar o selim perdido?
O Cromo do Dia
Inevitavelmente o cromo do dia é o nosso Doc Bone, pelo seu 49º aniversário. Pela forma como ainda desenvolve "micro-ataques", podemos afirmar que está como novo ... quase como novo ... isto se tivermos em consideração o avançado estado de decomposição da sua bilha!?!
Parabéns, "Ti Bita"!!!
sábado, 10 de maio de 2008
7ª Etapa - Quarta-Feira - 30 Abril
Partida: Gijon
Objectivo: Luarca
A partida em Gijon ficou marcada pela necessidade de reparar um furo na bicicleta do Eugénio, depois de tantos kilometros e de trilhos extremamente exigentes, é algo irónico furar no meio da cidade …
A partida em Gijon ficou marcada pela necessidade de reparar um furo na bicicleta do Eugénio, depois de tantos kilometros e de trilhos extremamente exigentes, é algo irónico furar no meio da cidade …
A saída de Gijon é muito confusa, realizada no meio do trânsito, mas acima de tudo está muito mal assinalada. A partir do momento que saímos do perímetro urbano, começa um sobe e desce, composto por rampas não muito extensas, mas com muito acentuadas … que se irá prolongar até à saída de Avillez. A partir daí foi rolar até aos últimos 10 Km antes de Luarca, que foram realizados novamente a subir.
Foi um dia marcado pelos aguaceiros intensos e de curta duração, que nos obrigaram a interromper a marcha várias vezes e a procurar abrigo. Em consequência desses aguaceiros, os trilhos em terra entre Novellana e Luarca estavam intransitáveis, tal era a acumulação de lama.
Foi um dia marcado pelos aguaceiros intensos e de curta duração, que nos obrigaram a interromper a marcha várias vezes e a procurar abrigo. Em consequência desses aguaceiros, os trilhos em terra entre Novellana e Luarca estavam intransitáveis, tal era a acumulação de lama.
Pernoitamos no albergue em Villar, que fica 2 km antes de Luarca.
Este dia ficou ainda marcado por dois momentos:
- O ataque dos peregrinos piranha ao bolo que a senhora oferecia com o café, em Piedras Brancas …
-E o almoço no restaurante da bomba de gasolina em Novellana, onde a frequência era no mínimo estranha …
Resumo do dia:
Distância: 100 Km
Ascending: 1315 m
Este dia ficou ainda marcado por dois momentos:
- O ataque dos peregrinos piranha ao bolo que a senhora oferecia com o café, em Piedras Brancas …
-E o almoço no restaurante da bomba de gasolina em Novellana, onde a frequência era no mínimo estranha …
Resumo do dia:
Distância: 100 Km
Ascending: 1315 m
O Cromo do Dia
Mais que o momento do dia ... o "momento hallibut" ... foi um ritual que nos acompanhou ao longo do Caminho ... com o numero de aderentes a engrossar de dia para dia!!!
6ª Etapa - Terça-Feira - 29 Abril
"Depois da tempestade, vem a bonança ... "
Depois da frustração do dia anterior, a alvorada foi realizada às 6:00H, com a grupo a fazer-se à estrada ao raiar da aurora. Definimos que hoje teriamos de recuperar o atraso e voltar a entrar no run-time que tinhamos pré-definido:
Objectivo: Gijon
Distância: 107 Km
Hoje o grupo ficou reduzido a 6 elementos, uma vez que o Armando terá que se deslocar a Famalicão para tratar de assuntos de carácter profissional (contamos com o seu regresse na 5ª Feira).
Rolamos a bom ritmo até Ribadessella, onde chegamos após ter percorrido 36 Km, marcados pelo intenso frio matinal e também pela bela imagem dos Picos da Europa à nossa esquerda ... ainda cobertos por um extenso manto de neve.
Mantivemos o ritmo forte até Villaviciosa, porque atingir esse ponto até ás 15:00H, iria seguramente permitir-nos atingir o grande objectivo do dia: Gijon. Pelo meio tivemos que interomper a marcha, para fugir a um intenso aguaceiro, que incluiu granizo ... valeu-nos o viaduto de uma estrada em construcção para nos abrigar!
Cerca das 14:00H chegamos a Villaviciosa, com cerca de 80 km percorridos, o que concedeu autoridade moral para exigir ao nosso Mourinho um almoço reforçado: favada de javali, regada com famosa Sidra Asturiana. Nesta paragem tivemos ainda oportunidade de conhecer um peregrino Basco, que caminhava desde 9 de Março ... tinha partido de Jaca, percorrendo todo o Caminho Francês até Santiago ... e regressando a pé a Bilbau pelo Caminho do Norte ... um homem perturbado por acontecimentos trágicos e que procurava encontrar no Caminho algumas respostas ... oxalá as tenha encontrado!
Depois do respasto, terreno onde claramente o grupo joga para a Champions League, veio a sobremesa ... é que os cerca de 30 km que faltavam para Gijon, incluiam duas extensas subidas, uma delas com mais de 9 Km ... dos 16oo metros de ascending desta etapa, a grande fatia concentrou-se neste percurso.
Uma vez em Gijon, ficamos a saber que o Albergue fica nas cercanias da cidade, a cerca de 4 km do centro, o que nos levou a optar por passar a noite num hotel.
Depois da frustração do dia anterior, a alvorada foi realizada às 6:00H, com a grupo a fazer-se à estrada ao raiar da aurora. Definimos que hoje teriamos de recuperar o atraso e voltar a entrar no run-time que tinhamos pré-definido:
Objectivo: Gijon
Distância: 107 Km
Hoje o grupo ficou reduzido a 6 elementos, uma vez que o Armando terá que se deslocar a Famalicão para tratar de assuntos de carácter profissional (contamos com o seu regresse na 5ª Feira).
Rolamos a bom ritmo até Ribadessella, onde chegamos após ter percorrido 36 Km, marcados pelo intenso frio matinal e também pela bela imagem dos Picos da Europa à nossa esquerda ... ainda cobertos por um extenso manto de neve.
Mantivemos o ritmo forte até Villaviciosa, porque atingir esse ponto até ás 15:00H, iria seguramente permitir-nos atingir o grande objectivo do dia: Gijon. Pelo meio tivemos que interomper a marcha, para fugir a um intenso aguaceiro, que incluiu granizo ... valeu-nos o viaduto de uma estrada em construcção para nos abrigar!
Cerca das 14:00H chegamos a Villaviciosa, com cerca de 80 km percorridos, o que concedeu autoridade moral para exigir ao nosso Mourinho um almoço reforçado: favada de javali, regada com famosa Sidra Asturiana. Nesta paragem tivemos ainda oportunidade de conhecer um peregrino Basco, que caminhava desde 9 de Março ... tinha partido de Jaca, percorrendo todo o Caminho Francês até Santiago ... e regressando a pé a Bilbau pelo Caminho do Norte ... um homem perturbado por acontecimentos trágicos e que procurava encontrar no Caminho algumas respostas ... oxalá as tenha encontrado!
Depois do respasto, terreno onde claramente o grupo joga para a Champions League, veio a sobremesa ... é que os cerca de 30 km que faltavam para Gijon, incluiam duas extensas subidas, uma delas com mais de 9 Km ... dos 16oo metros de ascending desta etapa, a grande fatia concentrou-se neste percurso.
Uma vez em Gijon, ficamos a saber que o Albergue fica nas cercanias da cidade, a cerca de 4 km do centro, o que nos levou a optar por passar a noite num hotel.
O Cromo do Dia
À entrada de Llanes, encontramos um casal de cinquentões Americanos, que se faziam deslocar numa belissíma tandem ... e que vieram de férias para Espanha para fazer cicloturismo nos Picos da Europa ... ah leões!!!
5ª Etapa - Segunda-Feira - 28 Abril
Ponto partida: Santillana del Mar
Objectivo: Ribadessella (95 Km)
Contrariamente ao que esperávamos, a alteração das condições climatéricas surgiu logo no domingo, no entanto, estávamos longe de imaginar que a manhã de segunda-feira seria realizada debaixo de chuva intensa e muito frio ... com o céu coberto de um denso manto de nuvens negras … prenúncio de um dia muito difícil.
As condições climatéricas adversas começaram a deixar marcas: pela primeira vez temos os equipamentos do dia anterior completamente ensopados! Mais um factor adicional de preocupação ...
(o magnifico albergue de Santillana, recente, bem concebido e muito bem enquadrado, ainda carece de algumas afinações: uma zona "quente e seca" para estender a roupa e também de uma centrifugadora).
Apesar da alvorada ter sido realizada como habitualmente às 7:00H, eram quase 10:00H quando nos fizemos ao caminho (havia a secreta esperança que os aguaceiros seriam fortes e de curta duração ... não podíamos estar mais enganados!!!). Para complicar ainda mais, os caminhos estavam quase intransitáveis, tal era o lamaçal. Houve zonas, em que acumulação de musgo era de tal ordem, que até para seguir com as bicicletas à mão sentimos dificuldades.
Com 22 kilometros percorridos, chegamos a Comillas, mais um lindissímo povoado plantado à beira-mar, onde se destaca o Palácio da Sobrellana. A entrada na vila foi mercada pelo aparecimento do sol … parecia que S. Pedro nos iria dar tréguas ... puro engano!
Após uma breve paragem, para as fotos da praxe, voltamos ao caminho, seguindo em direcção a S. Vicente la Barquera, com as condições climatéricas agravarem-se minuto a minuto, com a proximidade do mar a brindar-nos com um vento frio absolutamente demolidor.
A passagem por esta vila fica marcada pelo fraccionamento no grupo, a fuga a um intenso aguaceiro, levou a que dois seguissem caminho à procura de abrigo, enquanto os restantes procuraram o mesmo abrigo no centro do povoado. Para nosso azar, a saída desta pequena e bonita vila balnear pode ser realizada pelo caminho original … ou por um caminho alternativo … estando ambos assinalados! Os dois primeiros seguiram pelo caminho original, enquanto os restantes seguiram pelo caminho alternativo, o que acabou por gerar algumas hesitações e atrasar-nos ainda mais …
No percurso para Llanes começamos a deparar-nos com as deficiências na marcação do caminho que a Filomena mencionava nos seus relatos, o que acabou por nos custar mais uns kilometros off-road …
Dada a hora tardia a que chegamos a Llanes, optamos por pernoitar por ali, falhando o objectivo do dia – Ribadessella.
A frustração era o denominador comum entre os Barrigudos … pela primeira vez equacionamos a possibilidade de recorrer a uma 11ª etapa para chegar a Santiago.
Objectivo: Ribadessella (95 Km)
Contrariamente ao que esperávamos, a alteração das condições climatéricas surgiu logo no domingo, no entanto, estávamos longe de imaginar que a manhã de segunda-feira seria realizada debaixo de chuva intensa e muito frio ... com o céu coberto de um denso manto de nuvens negras … prenúncio de um dia muito difícil.
As condições climatéricas adversas começaram a deixar marcas: pela primeira vez temos os equipamentos do dia anterior completamente ensopados! Mais um factor adicional de preocupação ...
(o magnifico albergue de Santillana, recente, bem concebido e muito bem enquadrado, ainda carece de algumas afinações: uma zona "quente e seca" para estender a roupa e também de uma centrifugadora).
Apesar da alvorada ter sido realizada como habitualmente às 7:00H, eram quase 10:00H quando nos fizemos ao caminho (havia a secreta esperança que os aguaceiros seriam fortes e de curta duração ... não podíamos estar mais enganados!!!). Para complicar ainda mais, os caminhos estavam quase intransitáveis, tal era o lamaçal. Houve zonas, em que acumulação de musgo era de tal ordem, que até para seguir com as bicicletas à mão sentimos dificuldades.
Com 22 kilometros percorridos, chegamos a Comillas, mais um lindissímo povoado plantado à beira-mar, onde se destaca o Palácio da Sobrellana. A entrada na vila foi mercada pelo aparecimento do sol … parecia que S. Pedro nos iria dar tréguas ... puro engano!
Após uma breve paragem, para as fotos da praxe, voltamos ao caminho, seguindo em direcção a S. Vicente la Barquera, com as condições climatéricas agravarem-se minuto a minuto, com a proximidade do mar a brindar-nos com um vento frio absolutamente demolidor.
A passagem por esta vila fica marcada pelo fraccionamento no grupo, a fuga a um intenso aguaceiro, levou a que dois seguissem caminho à procura de abrigo, enquanto os restantes procuraram o mesmo abrigo no centro do povoado. Para nosso azar, a saída desta pequena e bonita vila balnear pode ser realizada pelo caminho original … ou por um caminho alternativo … estando ambos assinalados! Os dois primeiros seguiram pelo caminho original, enquanto os restantes seguiram pelo caminho alternativo, o que acabou por gerar algumas hesitações e atrasar-nos ainda mais …
No percurso para Llanes começamos a deparar-nos com as deficiências na marcação do caminho que a Filomena mencionava nos seus relatos, o que acabou por nos custar mais uns kilometros off-road …
Dada a hora tardia a que chegamos a Llanes, optamos por pernoitar por ali, falhando o objectivo do dia – Ribadessella.
A frustração era o denominador comum entre os Barrigudos … pela primeira vez equacionamos a possibilidade de recorrer a uma 11ª etapa para chegar a Santiago.
domingo, 4 de maio de 2008
O Cromo do Dia
A alguns kilometros de Ponte Arce, encontramos o José, um memóravel peregrino que se fazia acompanhar de um pequeno cachorro. Apesar de estar muito ... mas muito ... mal maltratado ... mantinha um inigualável sentido de humor:
"O fiel companheiro veio comigo, porque estava a contar com a sua ajuda ... mas afinal ele não pedala...!?!"
sexta-feira, 2 de maio de 2008
4ª Etapa - Domingo - 27 Abril
Trajecto: Laredo - Santillana del Mar
Saída de Laredo: 8:30H
Atravessamos toda a cidade, percorrendo também a marginal até à praia, onde fomos apanhar o barco para Santoña, onde aproveitamos para tomar um pequeno almoco reforcado, periodo animado pelas melodias do grande Julio Iglesias!
À saída da pequena vila pescatória, pela primeira vez tivemos em consideracao as sábias palavras da nossa guru Filomena, pois a escarpa por onde seguia o Caminho, deve ser ultrapassada com grande dificuldade por peregrinos a pé ... quanto mais com bibicletas equipadas com alforges!?!
Seguimos então pelo caminho alternativo, rodando a bom ritmo até Somo, onde efectuamos nova travessia de barco até Santander. Este trajecto foi fortemente dificultado pelo forte vento que tivemos pela frente, pelo frio e também pela chuva ... apesar de ligeira ... obrigou-nos a reforcar a impermeabilizacão dos alforges.
Uma vez em Somo, tivemos que aguardar cerca de 30 minutos pelo barco, o que nos permitiu conhecer três peregrinos que seguiam a pé, com quem tivemos oportunidade de confirmar a extrema dureza das etapas no País Basco. As condicões climatericas adversas impediram-nos de disfrutar da entrada em Santander pela frente marítima, uma vez que nos vimos forcados a resguardar-nos na cabine (as bicicletas foram sujeitas a um valente "banho" de água salgada ...).
A saída de Santander foi fortemente dificultada pelas obras de uma nova auto-estrada, que acabaram por destruir parte do caminho original. Numa das tentativas para encontrar o caminho, e porque a água escasseava, tivemos oportunidade conhecer a Maribel, uma senhora muito simpatica que nos ofereceu várias garrafas de água para podermos reabastecer.
Após retomarmos o caminho, seguimos até Ponte Arce, onde tivemos oportunidade de saborear uma das maravilhas da gastronomia Asturiana: uma soberba favada de lebre!!!
Saída de Laredo: 8:30H
Atravessamos toda a cidade, percorrendo também a marginal até à praia, onde fomos apanhar o barco para Santoña, onde aproveitamos para tomar um pequeno almoco reforcado, periodo animado pelas melodias do grande Julio Iglesias!
À saída da pequena vila pescatória, pela primeira vez tivemos em consideracao as sábias palavras da nossa guru Filomena, pois a escarpa por onde seguia o Caminho, deve ser ultrapassada com grande dificuldade por peregrinos a pé ... quanto mais com bibicletas equipadas com alforges!?!
Seguimos então pelo caminho alternativo, rodando a bom ritmo até Somo, onde efectuamos nova travessia de barco até Santander. Este trajecto foi fortemente dificultado pelo forte vento que tivemos pela frente, pelo frio e também pela chuva ... apesar de ligeira ... obrigou-nos a reforcar a impermeabilizacão dos alforges.
Uma vez em Somo, tivemos que aguardar cerca de 30 minutos pelo barco, o que nos permitiu conhecer três peregrinos que seguiam a pé, com quem tivemos oportunidade de confirmar a extrema dureza das etapas no País Basco. As condicões climatericas adversas impediram-nos de disfrutar da entrada em Santander pela frente marítima, uma vez que nos vimos forcados a resguardar-nos na cabine (as bicicletas foram sujeitas a um valente "banho" de água salgada ...).
A saída de Santander foi fortemente dificultada pelas obras de uma nova auto-estrada, que acabaram por destruir parte do caminho original. Numa das tentativas para encontrar o caminho, e porque a água escasseava, tivemos oportunidade conhecer a Maribel, uma senhora muito simpatica que nos ofereceu várias garrafas de água para podermos reabastecer.
Após retomarmos o caminho, seguimos até Ponte Arce, onde tivemos oportunidade de saborear uma das maravilhas da gastronomia Asturiana: uma soberba favada de lebre!!!
Com um reforco alimentar deste calibre, o trajecto até Satillana del Mar foi realizado a bom ritmo e sem contratempos. Uma vez em Santilla, a surpresa era geral ... a beleza da magnifica vila medieval ficou muito além das nossas expectativas ... ter sido eleito o mas belo pueblo de Espanha não foi obra do acaso!
As imagens irão falar por sí ...
Resumo do dia: 91 Kms / 6:00H de trajecto
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Aniversário Doc Bone
Caros amigos,
Apesar de não termos noticias dos nossos amigos peregrinos, soube que todos se encontram bem apesar de muito cansados. Mas agora nada os vai impedir de concretizar o objectivo, nem que seja a pé, de joelhos ou aos trambolhões. mas que vão acabar isso vão.
Hoje é um dia de festa porque o nosso Grande amigo DOC BONE faz anos.
Desejo um feliz aniversário por parte de todos os que acompanham o Blogue e um grande abraço para todos e em especial para o DOC.
O passeio já esta a acabar por isso força para estes ultimos 2 dias e a imaginar pela festa em Mondonedo ( festa local a juntar ao aniversário ), forças é que que não lhes vão faltar depois de um grande jantar.
Um Grande Abraço
Luis Gande e Menos Godo
Apesar de não termos noticias dos nossos amigos peregrinos, soube que todos se encontram bem apesar de muito cansados. Mas agora nada os vai impedir de concretizar o objectivo, nem que seja a pé, de joelhos ou aos trambolhões. mas que vão acabar isso vão.
Hoje é um dia de festa porque o nosso Grande amigo DOC BONE faz anos.
Desejo um feliz aniversário por parte de todos os que acompanham o Blogue e um grande abraço para todos e em especial para o DOC.
O passeio já esta a acabar por isso força para estes ultimos 2 dias e a imaginar pela festa em Mondonedo ( festa local a juntar ao aniversário ), forças é que que não lhes vão faltar depois de um grande jantar.
Um Grande Abraço
Luis Gande e Menos Godo
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Fotos publicadas
Nos links uteís tem "as nossas fotos", onde já se encontram publicadas as fotos do Caminho Norte 2008.
3ª Etapa - Sábado - 26 Abril
Ponto partida: Bilbau
Depois de vários dias sem dar notícias, ao contrário do que já se especulava, os Barrigudos continuam rijos como o aco e cada vez mais proximos do grande objectivo!
Ainda em Bilbau, depois de uma paragem obrigatoria no Guggenheim, seguimos pela margem esquerda da Ria de Nervión em direccao a Portugalete, onde pudemos apreciar a Ponte Móvel da Bizkaia, uma notavel obra de engenharia. Rapidamente retomamos o caminho em direccao a Muskys, seguindo uma notável ciclovia (com pista pedonal numa das bermas), com quase 20 km de extensao, e que deveria fazer corar de vergonha muitas das nossas autarquias ... sendo o numero de utentes é simplesmente impressionante!
A ciclovia terminou em Playa de Arena, em Muskys, onde iniciamos um belissimo trajecto pela praia, no meio das dunas, até atravessar o rio por uma ponte pedonal. Já na outra margem, tivemos que subir uma inacreditavel escadaria com as bicicletas "às costas" ... mas valeu bem a pena, pelo extraordinario passeio de 15 longos e belissimos kilometros numa autêntica varanda sobre o Atlântico!
Foi ai que tivemos oportunidade de conhecer um notável caminheiro Francês, Christian Hue, com uma juventude de espirito invejavel ... e muitos milhares de kms nas pernas ...
Aos 40 Km, depois de largos momentos a disfrutar a paisagem, decidimos fazer a primeira paragem tecnica, nume mercearia perdida no meio do nada, a Casa Pedro, que nos devolveu às memorias da nossa infância.
Depois tivemos de atacar dificil subida, onde acumulamos cerca de 500 metros de ascending em 4-5 kilometros ... para poder finalmente descer em direccao a Castro Urdiales. Nao sem que antes o Armando tivesse oportunidade de revelar o seu altruísmo ... alimentado o amigo Chalana ...
Uma vez em Castro Urdiales, como o calor apertava, e uma vez que estavamos dentro do nosso run time, o nosso mister, permitiu-nos um maravilhoso banho de mar!!!
De volta à estrada, objectivo: Laredo
Tudo corria sobre rodas, quando o Armando ... depois de uma vertiginosa descida, feita com o maior cuidado ... ficou com a roda verdadeiramente feita num oito ... 7 raios com "o batalha!!!
Apenas a 10 kms do destino, um sábado ao final do dia ... tudo se parecia complicar ... até que mandamos parar um carro conduzido por um jovem, que com uma disponiblidade unica, de imediato conduziu o nosso White Horse ao mecânico, onde tudo se solucionou!
Finalmente em Laredo, depois de um rompe pernas inesperado ... compensado pela entrada na vila por um miradouro ... com mais uma paisagem de arrepiar!
Numeros do dia:
Total: 90 Km
Ascending: 1265 m
Tempo Util: 6:30H
Depois de vários dias sem dar notícias, ao contrário do que já se especulava, os Barrigudos continuam rijos como o aco e cada vez mais proximos do grande objectivo!
Ainda em Bilbau, depois de uma paragem obrigatoria no Guggenheim, seguimos pela margem esquerda da Ria de Nervión em direccao a Portugalete, onde pudemos apreciar a Ponte Móvel da Bizkaia, uma notavel obra de engenharia. Rapidamente retomamos o caminho em direccao a Muskys, seguindo uma notável ciclovia (com pista pedonal numa das bermas), com quase 20 km de extensao, e que deveria fazer corar de vergonha muitas das nossas autarquias ... sendo o numero de utentes é simplesmente impressionante!
A ciclovia terminou em Playa de Arena, em Muskys, onde iniciamos um belissimo trajecto pela praia, no meio das dunas, até atravessar o rio por uma ponte pedonal. Já na outra margem, tivemos que subir uma inacreditavel escadaria com as bicicletas "às costas" ... mas valeu bem a pena, pelo extraordinario passeio de 15 longos e belissimos kilometros numa autêntica varanda sobre o Atlântico!
Foi ai que tivemos oportunidade de conhecer um notável caminheiro Francês, Christian Hue, com uma juventude de espirito invejavel ... e muitos milhares de kms nas pernas ...
Aos 40 Km, depois de largos momentos a disfrutar a paisagem, decidimos fazer a primeira paragem tecnica, nume mercearia perdida no meio do nada, a Casa Pedro, que nos devolveu às memorias da nossa infância.
Depois tivemos de atacar dificil subida, onde acumulamos cerca de 500 metros de ascending em 4-5 kilometros ... para poder finalmente descer em direccao a Castro Urdiales. Nao sem que antes o Armando tivesse oportunidade de revelar o seu altruísmo ... alimentado o amigo Chalana ...
Uma vez em Castro Urdiales, como o calor apertava, e uma vez que estavamos dentro do nosso run time, o nosso mister, permitiu-nos um maravilhoso banho de mar!!!
De volta à estrada, objectivo: Laredo
Tudo corria sobre rodas, quando o Armando ... depois de uma vertiginosa descida, feita com o maior cuidado ... ficou com a roda verdadeiramente feita num oito ... 7 raios com "o batalha!!!
Apenas a 10 kms do destino, um sábado ao final do dia ... tudo se parecia complicar ... até que mandamos parar um carro conduzido por um jovem, que com uma disponiblidade unica, de imediato conduziu o nosso White Horse ao mecânico, onde tudo se solucionou!
Finalmente em Laredo, depois de um rompe pernas inesperado ... compensado pela entrada na vila por um miradouro ... com mais uma paisagem de arrepiar!
Numeros do dia:
Total: 90 Km
Ascending: 1265 m
Tempo Util: 6:30H
sábado, 26 de abril de 2008
sexta-feira, 25 de abril de 2008
2ª Etapa - Sexta-Feira - 25 Abril
Ponto partida: Deba
Depois de sair de Deba, rolamos pela costa até Mukina, ponto a partir do qual nos afastamos da linha do mar, iniciando a subida ao Monte Arno. Aos 10 Km, após 4 Km sempre a subir já levavamos 280 m de ascending, estando convencidos que as maiores dificuldades tinham ficado para trás ...
Puro engano!!! Depois de uma descida vertiginosa, tivemos que enfrentar uma inacreditável sucessao de rampas, até atingir a cota máxima, o que nos levou a um acumulado de 58o metros apenas aos 15 Km desta segunda etapa.
A seguir veio o melhor do dia ... um trajecto fortemente vocacionado para a prática do BTT, alternando descidas alucinantes, com outras extremamente técnicas e ainda uma extensao de vários Km num sobe e desce permanente ... com muita, muita lama!
Quanto à paisagem, as fotografias irao falar por nós!
Finalmente chegamos a Markina!... depois de ser sujeitos a uma grande desgaste ... o Old Chemical já registava 1712 Kcal queimadas ...
Distancia percorrida: 26 Km
Ascending: 775 m
Depois de uma tapa ligeira e bebidas refrescantes ... sem alcool claro!...
;-)
... retomamos o Caminho, rumo a Guernika, tendo que enfrentar uma longa subida até ao bonito Monastério de Zenarruta, situado numa colina, com um enquadramento simplesmente impressionante (depois de nove kilometros sempre a moer ... ascendind 1050 m).
A meio da longa descida para Guernika, passamos por pequeno povoado de nome ... S. Sebastian de Baselina!!!
Uma vez em Guernika, fizemos um pit-stop para forrar o estômago, longe de imaginar o que iria seguir ...
Depois de mais uma solicitacao ao Old Chemical, o Dr. Amor teve a frase do dia:
"Sendo dos poucos peregrinos que se fazem acompanhar por um médico, continuamos a preferir tratar-nos com um curandeiro...!?!"
Após retomar o Caminho, e numa altura em que seguiamos em pleno vale, tivemos que enfrentar uma das maiores dificuldades do dia ... uma extensa subida em terra com acentuada inclinacao ... onde surpreendentemente o Old Chemical revelou uma falta de desportivismo nunca antes vista!!!
Passo a contar, depois de vários meses de treino ... e inumeros hamburguer's de ervilha ... o homem tem-se feito ao caminho como um leao, no entanto, nessa subida de elevado grau de dificuldade ... registem: ELEVADO ... o Young Chemical ... eu ... fazendo uma gestao do esforco notavel, ultrapassou todos os outros peregrinos com inaudita facilidade ... ate passar pelo mano velho a toda a brita ... este, nao apresentando argumentos fisicos à altura, decidiu parar no tanque para se refrescar ...
Registem: Young Chemical ... vence premio da montanha de categoria extra ... 10 pontos!
:-)
Seguimos entao para Lezama, onde nos esperava o Miguel Finisterra ... finalmente o grupo está completo: 7 barrigudos a caminho!
De Lezama a Bilbau, nao respeitando as recomendacoes da amiga Filomena, que nos desaconselhava a entrada em Bilbau por Monte ... "desaconselho vivamente" ... levamos uma tareia para nao esquecer tao cedo ... lama, bicicletas com alforges acima dos 2o kg e um inclinacao tramada ... so podia dar em tareia!
A nossa guru nao sabia que para broncos de Famalicao, adjectivacao para ser levada em conta, tem que meter obrigatoriamente palavrao ...
Uma vez em Bilbau, podemos afirmar que foi uma boa etapa ... estamos apenas a 9 Km de Barracaldo, que era o destino previsto para a segunda etapa. Amanha prevemos recuperar o atraso.
Resumo da etapa:
- Distância: 83 Km
- Acumulado: 2000 m
- Velocidade média: 12,8 Km/H
- Hora partida: 8:30H
- Hora chegada: 18:40H
- Tempo deslocacao: 6:27H
(o Old Chemical consumiu 5000 Kcal ...)
PS: o Espanca-as-Montras adormeceu numa espreguicadeira do Albergue ... o velho Cavalo Branco é um mito do passado ...
Depois de sair de Deba, rolamos pela costa até Mukina, ponto a partir do qual nos afastamos da linha do mar, iniciando a subida ao Monte Arno. Aos 10 Km, após 4 Km sempre a subir já levavamos 280 m de ascending, estando convencidos que as maiores dificuldades tinham ficado para trás ...
Puro engano!!! Depois de uma descida vertiginosa, tivemos que enfrentar uma inacreditável sucessao de rampas, até atingir a cota máxima, o que nos levou a um acumulado de 58o metros apenas aos 15 Km desta segunda etapa.
A seguir veio o melhor do dia ... um trajecto fortemente vocacionado para a prática do BTT, alternando descidas alucinantes, com outras extremamente técnicas e ainda uma extensao de vários Km num sobe e desce permanente ... com muita, muita lama!
Quanto à paisagem, as fotografias irao falar por nós!
Finalmente chegamos a Markina!... depois de ser sujeitos a uma grande desgaste ... o Old Chemical já registava 1712 Kcal queimadas ...
Distancia percorrida: 26 Km
Ascending: 775 m
Depois de uma tapa ligeira e bebidas refrescantes ... sem alcool claro!...
;-)
... retomamos o Caminho, rumo a Guernika, tendo que enfrentar uma longa subida até ao bonito Monastério de Zenarruta, situado numa colina, com um enquadramento simplesmente impressionante (depois de nove kilometros sempre a moer ... ascendind 1050 m).
A meio da longa descida para Guernika, passamos por pequeno povoado de nome ... S. Sebastian de Baselina!!!
Uma vez em Guernika, fizemos um pit-stop para forrar o estômago, longe de imaginar o que iria seguir ...
Depois de mais uma solicitacao ao Old Chemical, o Dr. Amor teve a frase do dia:
"Sendo dos poucos peregrinos que se fazem acompanhar por um médico, continuamos a preferir tratar-nos com um curandeiro...!?!"
Após retomar o Caminho, e numa altura em que seguiamos em pleno vale, tivemos que enfrentar uma das maiores dificuldades do dia ... uma extensa subida em terra com acentuada inclinacao ... onde surpreendentemente o Old Chemical revelou uma falta de desportivismo nunca antes vista!!!
Passo a contar, depois de vários meses de treino ... e inumeros hamburguer's de ervilha ... o homem tem-se feito ao caminho como um leao, no entanto, nessa subida de elevado grau de dificuldade ... registem: ELEVADO ... o Young Chemical ... eu ... fazendo uma gestao do esforco notavel, ultrapassou todos os outros peregrinos com inaudita facilidade ... ate passar pelo mano velho a toda a brita ... este, nao apresentando argumentos fisicos à altura, decidiu parar no tanque para se refrescar ...
Registem: Young Chemical ... vence premio da montanha de categoria extra ... 10 pontos!
:-)
Seguimos entao para Lezama, onde nos esperava o Miguel Finisterra ... finalmente o grupo está completo: 7 barrigudos a caminho!
De Lezama a Bilbau, nao respeitando as recomendacoes da amiga Filomena, que nos desaconselhava a entrada em Bilbau por Monte ... "desaconselho vivamente" ... levamos uma tareia para nao esquecer tao cedo ... lama, bicicletas com alforges acima dos 2o kg e um inclinacao tramada ... so podia dar em tareia!
A nossa guru nao sabia que para broncos de Famalicao, adjectivacao para ser levada em conta, tem que meter obrigatoriamente palavrao ...
Uma vez em Bilbau, podemos afirmar que foi uma boa etapa ... estamos apenas a 9 Km de Barracaldo, que era o destino previsto para a segunda etapa. Amanha prevemos recuperar o atraso.
Resumo da etapa:
- Distância: 83 Km
- Acumulado: 2000 m
- Velocidade média: 12,8 Km/H
- Hora partida: 8:30H
- Hora chegada: 18:40H
- Tempo deslocacao: 6:27H
(o Old Chemical consumiu 5000 Kcal ...)
PS: o Espanca-as-Montras adormeceu numa espreguicadeira do Albergue ... o velho Cavalo Branco é um mito do passado ...
quinta-feira, 24 de abril de 2008
1ª Etapa - 5ª feira - 24 Abril
Partida: Hondarribia - 8:45H
Voltamos para trás, até ao centro de Hendaye, no lado Francês, com o objetivo de realizar todo o Caminho do Norte (mais tarde viemos a "pagar caro esta opcao ... em particular os 15 Km a mais ...).
Logo após a saída de Irun, pela primeira vez tivemos oportunidade de "sentir" o peso dos alforges, na subida à Ermida de Guadalupe, onde acumulamos logo 595 metros de ascending ...
Chegamos a S.Sebastian às 12H, depois de um inigualável percurso ao longo da costa, num sobe e desce permanente, envolvidos numa paisagem arrebatadora, onde o verde luxuriante da vegetacao muitas vezes se perdia no azul do golfo da biscaia.
À saída de S. Sebastian, ainda mal refeitos das belezas que se podiam avistar na marginal ... tivemos que subir ao Monte Igueldo, que foi apenas o aperitivo para o rompe-pernas que se prolongou por toda a tarde ...
Depois de Zumaia e Zarautz, chegamos a Deba, onde tomamos a decisao de terminar a jornada (objectivo inicial era Markina ... 2o Kms mais a frente).
Tempo Viagem: 9:45H
Tempo Deslocacao: 7:00H
Ascending: 1705 m
Distancia: 84,7 Km
Estamos a jantar num pequeno restaurante em Deba, acopanhados por dois peregrinos italianos que também estao hospedados no albergue (Mateo e Sergio). A espanhola ... nao quis jantar conosco ... asseguramos que nao foi por falta de insistencia!!!
:-)
PS1: nao digam a mae do Van Ristoffen ... que o menino lavou a roupa à mao!!!
PS2: pobres italianos, estao encantados com a nossa companhia ... ainda mal sabem o que os espera ... Ali o Quimico tem em fermentacao o melhor que a sua na natureza tem para dar!!! (vao ficar mais verdes que os curdos ... )
Voltamos para trás, até ao centro de Hendaye, no lado Francês, com o objetivo de realizar todo o Caminho do Norte (mais tarde viemos a "pagar caro esta opcao ... em particular os 15 Km a mais ...).
Logo após a saída de Irun, pela primeira vez tivemos oportunidade de "sentir" o peso dos alforges, na subida à Ermida de Guadalupe, onde acumulamos logo 595 metros de ascending ...
Chegamos a S.Sebastian às 12H, depois de um inigualável percurso ao longo da costa, num sobe e desce permanente, envolvidos numa paisagem arrebatadora, onde o verde luxuriante da vegetacao muitas vezes se perdia no azul do golfo da biscaia.
À saída de S. Sebastian, ainda mal refeitos das belezas que se podiam avistar na marginal ... tivemos que subir ao Monte Igueldo, que foi apenas o aperitivo para o rompe-pernas que se prolongou por toda a tarde ...
Depois de Zumaia e Zarautz, chegamos a Deba, onde tomamos a decisao de terminar a jornada (objectivo inicial era Markina ... 2o Kms mais a frente).
Tempo Viagem: 9:45H
Tempo Deslocacao: 7:00H
Ascending: 1705 m
Distancia: 84,7 Km
Estamos a jantar num pequeno restaurante em Deba, acopanhados por dois peregrinos italianos que também estao hospedados no albergue (Mateo e Sergio). A espanhola ... nao quis jantar conosco ... asseguramos que nao foi por falta de insistencia!!!
:-)
PS1: nao digam a mae do Van Ristoffen ... que o menino lavou a roupa à mao!!!
PS2: pobres italianos, estao encantados com a nossa companhia ... ainda mal sabem o que os espera ... Ali o Quimico tem em fermentacao o melhor que a sua na natureza tem para dar!!! (vao ficar mais verdes que os curdos ... )
quarta-feira, 23 de abril de 2008
1ª Etapa
Trajecto previsto: Hendaye - Markina (passando por S. Sebastian)
Distancia: 86 Km
http://www.mundicamino.com/rutas.cfm?id=37
Distancia: 86 Km
http://www.mundicamino.com/rutas.cfm?id=37
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